quinta-feira, 16 de dezembro de 2010

Brotar de Vida (soneto music)

brotar de vida


Lá do céu a lua pode ver,
a tempestade que se forma,
Toda a água se transforma,
vida renasce como o amanhecer,

Raios clareiam a noite de quem viaja,
por uma estrada além de qualquer destino,
Trovões precedem o cair de mais uma água,
todos os cantos à natureza, só um alívio,

Uma semente tem o direito de florescer,
Brotar de vida, conhecimento amadurecer,
Nada se destrói, tudo se transforma.

Natureza nada exclui, tudo se encaixa,
Nenhum nó se desata de cabeça baixa,
A vida, o destino às águas de um rio.



(Emmanuel Vasconcelos)

terça-feira, 26 de outubro de 2010

music

Na Manhã Seguinte Nada


(INTRO Am G Em Am)

Na manhã seguinte nada,
Minha mente sem nenhuma direção,
Toda a paixão da madrugada,
Esvazia ainda mais meu coração.

Será que eu tenho medo, mesmo, sendo, insatisfação?
Eu devo estar maluco, confuso, pois tudo, é pura ilusão.

(SOLO INTRO)

Eu sempre saio na caçada,
Procurando por alguma diversão,
Sempre me encontro com uma gata,
E saímos pra cantar essa canção.

Cultivamos amizade,
Adorando a liberdade de expressão,
Desafiamos a verdade,
Enlouquecidos pelo fogo da emoção.

E curtimos toda a noite,
Embalados pelo som dessa canção.
Sinto-me como se fosse,
O soberano do próprio coração.

Será que eu tenho medo, mesmo, sendo, insatisfação?
Eu devo estar maluco, confuso, pois tudo, é pura ilusão.

(SOLO)

Na manhã seguinte nada,
Minha mente sem nenhuma direção,
Toda a paixão da madrugada,
Esvazia ainda mais meu coração.

Será que eu tenho medo, mesmo, sendo, insatisfação?
Eu devo estar maluco, confuso, pois tudo, é pura ilusão.

(DUB SOLO END's)

Am G Em Am

(Emmanuel Vasconcelos)

quinta-feira, 9 de setembro de 2010

transliterações de um ambiente de trabalho

ócios do ofício

croc croc!
enfio dois grampos num contrato,
o sistema insiste em me tratar como um rato,
cobrando absurdos por migalhas de queijo.

telefone toca!
arrasto-me sorrateiramente pela mesa,
ciente do perigo dirijo-me a uma ratoeira,
atendo-a com um elegante - pois não?

corro os sistemas por entre ratoeiras,
calculo tudo duas vezes para ter certeza,
quando discordo, falo, brigo, por que não?

grampos, clipes, recusas de contratos,
pendências, análises, sistemas em colapso
nervoso, insisto até conseguir meu queijo.

(Emmanuel Vasconcelos)

Palavras ao Vento (Carne Crua)

Carne Crua


Minha sanidade busca em ti uma cura,
Preciso tê-la de qualquer forma,
Vestida com tua paz, intensidade pura,
Como uma jóia rara que não se joga fora,

Que mesmo vestida em seus véus vermelhos,
Não me causes medo, pois não és droga,
Que eu não te aches dentro de espelhos.
Toda minha ansiedade é sentir o efeito,

Saber teu gosto, perder meus medos,
Fazer o coração bater no peito,
E olhar no espelho e poder sorrir.

E da minha vida me tornar prefeito,
E de toda tua cura poder sentir,
Que és carne crua, nua e crua.

(Emmanuel Vasconcelos)

quarta-feira, 8 de setembro de 2010

Palavras ao Vento (Crônicas Inacabadas I)

Crônicas Inacabadas

I

Eu quero construir uma estória que não tenha fim,
O segredo do seu legado está no fundamento do amar,
E eu tenho toda liberdade se quiser falar,
Mas palavras não traduzem o que se passa em mim.

Noite e dia, dia e noite eu só quero estar,
Ao lado daquela bela que me faz sorrir,
Do mínimo detalhe ao que só se pode sentir,
Em busca da verdade, de edificar o amar.

Mas em toda essa estória ela tem que estar,
Aberta ao amor que no coração tem,
E no coração dela eu hei de estar.

Mas em todo o universo e ainda mais além,
Tudo o que eu disser de nada adiantará,
Enquando eu não for de fato o seu alguém.

(Emmanuel Vasconcelos)

quarta-feira, 21 de julho de 2010

Palavras ao Vento (Memórias de Um Carnaval Só)

Memórias de um Carnaval Só

Meu último carnaval foi maravilhoso
e triste, pois me faltou alguém,
Todas as que beijei tinham o mesmo gosto,
Mas nenhuma delas me fazia sentir bem.

Todas tinham o mesmo tamanho, o mesmo cheiro, o mesmo rosto,
E nenhuma tinha o brilho que ela tem,
Todas fizeram me sentir meio bobo,
Pois bem estava por fora, mas por dentro nada bem.

De todas as mulheres que tive
no carnaval, só com uma eu estava,
Aquela que me deixa triste,

Aquela que achava que amava,
Aquela que era a difícil,
Que meu coração nunca tomava.

(Emmanuel Vasconcelos)

segunda-feira, 12 de julho de 2010

Palavras ao Vento (O Traço)

o traço

no escuro nada se vê,
ver tem haver com saber?
como se sabe se não se ver?
no escuro nada se lê.

vemos os reflexos da luz,
mas só vendo é possível sentir?
fazer o não-saber diminuir?
sentir o traço que o conduz.

um alvo que se vê,
claramente pode ser,
alcançado com avidez,

um traço que se conhece,
até se não se vê,
o corpo o traduz.


(Emmanuel Vasconcelos)

quinta-feira, 8 de julho de 2010

Palavras ao Vento (Soneto 32)

Soneto 32

A pose praquela foto tirada na praia,
Flashs que revelam teu sorriso mágico,
Cabelos revoltos pelo vento trágico,
Pés no céu, estrelas na areia, amornaágua.

Cada segundo que se passa é único,
Ou dependendo de nós, o primeiro
Instante de nosso tempo inteiro,
Dos teus beijos o melhor é sempre o último.

Olhos de mel, sentimento puro,
E o cheiro do teu corpo inteiro,
Enlouquecendo meu coração lúdico.

Sem pé nem cabeça, conversas na praia,
Conceitos sobre um mundo mágico,
Bocas, pernas, mãos e olhos a beira d'água.



(Emmanuel Vasconcelos)

quarta-feira, 7 de julho de 2010

Balada do Instinto Inabalável

... largue tudo que está fazendo agora,
Olhe ao seu redor e reflita,
É isso que eu sou? É aqui que eu realmente quero estar?
Sem pensar mais que uma vez levante-se,
Se desejar é válido despedir-se em silêncio.

Sem que seja percebido fuja dessa selva de pedra,
O melhor caminho é a leste, sentido praia,
Corra se sentir vontade,
E se a vontade vir, pare!


Ao chegar à praia caminhe sem rumo,
Se as águas estiverem fortes, caminhe mais um pouco,
Logo mais surgirão águas calmas,


Então, não perca tempo, mergulhe!
Nade um pouco se estiver afim,
Também vale uma aposta de apnéia consigo mesmo,
Ou apenas mergulhe, abra os olhos e analise o ambiente,
Talvez ele compartilhe um pouco de paz!


Ao sair agradeça, contemple-o por um instante,
Continue a caminhada enquanto o vento te seca,
Mais a frente surgirá um maceió, siga-o!
Ele te levará a uma cachoeira.

Sempre encontrarás obstáculos no caminho,
Não temas! Supere seus medos e atravesse-os!
No fim virá a recompensa!


Ao encontrar a cachoeira, novamente mergulhe,
Limpe as suas impurezas e deixe que a água leve-as embora,
Saia! E enquanto seca escale a cachoeira, refletindo,
Quando subi-la, descanse! Contemple o por-do-sol,
Logo mais virá a lua e ela não trará o frio.


Ache um lugar aconchegante para passar a noite,
Converse um pouco com as estrelas, elas são psicólogas,
Compartilhe seus segredos e aprenda um pouco com elas,
E quando sentir sono, enfim, durma!


Todo amanhecer é anunciado pelos pássaros, viajantes do céu,
Levante-se e contemple a natureza, a beleza da dança das árvores,
O som das águas e o cheiro do ar...

E então se sentir-se livre, sorria!
Se sentir um pouco de paz, sorria!
Ao sorrir serás preenchido pela felicidade!
E se sentir um coração batendo naquilo que achavas ser um coração,
Enche-o de amor.



Não se engane quando pensar estar só,
Pois nós nunca estamos completamente sozinhos,
Nunca compartilhamos de total solidão,
Quando compartilhamos ao menos um sorriso.

Encha sua mente de pensamentos positivos,
E não pense duas vezes antes de olhar pro lado,
Pois eu estarei lá!



(Emmanuel Vasconcelos)